Boa-tarde, caros alunos do curso do EJA da Escola Casimiro de Abreu:
Hoje, retornamos das férias que esse ano nos foram antecipadas. Espero que tenham tido o tempo suficiente para realizarem seus trabalhos de conclusão do curso solicitados antes das férias.
Posto abaixo, para todas as séries, teoria sobre as figuras de linguagem com as quais iremos trabalhar nesses últimos dias de aula e presentes nos textos literários que estamos abordando. Não faltem, o semestre ainda não terminou para vocês, cumpram sua missão até o fim, não a abandonem no meio do caminho. Aqueles que puderem imprimam o texto abaixo. Um abraço.
Figuras de Linguagem (site
de referência: http://www.infoescola.com/portugues/figuras-de-linguagem/)
São recursos usados
pelo falante para realçar a sua mensagem.
Veja os exemplos:
1-Na estante, livros
e mais livros.
2-Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.
2-Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.
No 1º exemplo temos
uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma.
A elipse consiste na
omissão de um termo que é facilmente identificado.
No exemplo 1,
percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido.
No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso anteriormente.
No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso anteriormente.
“Ele prefere um
passeio pela praia;eu, (prefiro) cinema.”(Não houve necessidade de repetir o
verbo, pois entendemos o recado).
Na oração: “Ela
cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo desnecessário, pois quem
canta, só pode cantar uma canção.
Na famosa frase: “Vi
com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo.
Pleonasmo é a repetição de idéias
Pleonasmo é a repetição de idéias
Exemplos:
Correm pelo parque as crianças da rua.
Na escada subiu o pintor.
Correm pelo parque as crianças da rua.
Na escada subiu o pintor.
As duas orações estão
na ordem inversa.
O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração.
O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração.
Na ordem direta
ficaria:
As crianças da rua
correm pelo parque.
O pintor subiu na escada.
O pintor subiu na escada.
É a falta de nexo que
existe entre o início e o fim de uma frase.
Dois gatinhos miando
no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais.
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza.
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza.
É a concordância com
a ideia e não com a palavra dita.
Pode ser: de gênero, número ou pessoa.
Pode ser: de gênero, número ou pessoa.
SILEPSE DE GÊNERO
(masc./fem.)Vossa Excelência está admirado do fato?
O pronome de
tratamento “Vossa Excelência” é feminino, mas o adjetivo “admirado” está no
masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no caso, um
homem).
Aqui temos o feminino
e o masculino, logo, silepse de gênero.
SILEPSE DE NÚMERO
(singular/plural)
Aquela multidão
gritavam diante do ídolo.
Multidão está no
singular, mas o verbo está no plural.
“Gritavam” concorda com a ideia de plural que está em “multidão”.
“Gritavam” concorda com a ideia de plural que está em “multidão”.
Mais exemplos.
A maior parte fizeram
a prova.
A grande maioria estudam uma língua.
A grande maioria estudam uma língua.
SILEPSE DE PESSOA
Todos estávamos
nervosos.
Esta frase levaria o
verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam - eles) mas a concordância foi
feita com a 1ª pessoa(nós).
Temos aqui 2 pessoas ( eles e nós ) logo, silepse de pessoa.
Temos aqui 2 pessoas ( eles e nós ) logo, silepse de pessoa.
Mais exemplos:
As duas comemos muita
pizza.(elas – nós)
Todos compramos chocolates e balas.(eles – nós)
Os brasileiros sois um povo solidário. (eles – vós)
Os cariocas somos muito solidários.(eles – nós)
Todos compramos chocolates e balas.(eles – nós)
Os brasileiros sois um povo solidário. (eles – vós)
Os cariocas somos muito solidários.(eles – nós)
1-Aquele homem é um
leão.
Estamos comparando um
homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão.
2-A vida vem em ondas
como o mar.
Aqui também existe
uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo: como.
O exemplo 1 é uma
metáfora e o exemplo 2 é uma comparação.
Exemplos de metáfora.
Ele é um anjo.
Ela uma flor.
Ela uma flor.
Exemplos de comparação.
A chuva cai como
lágrimas.
A mocidade é como uma flor.
A mocidade é como uma flor.
Metáfora: sem o
conectivo comparativo.
Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como)
Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como)
Aqui também existe a
comparação, só que desta vez ela é mais objetiva.
Ele gosta de ler
Agatha Christie.
Ele comeu uma caixa de chocolate.
(Ele comeu o que estava dentro da caixa)
A velhice deve ser respeitada.
Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”)
Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”)
Ele comeu uma caixa de chocolate.
(Ele comeu o que estava dentro da caixa)
A velhice deve ser respeitada.
Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”)
Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”)
A Cidade Maravilhosa
recebe muitos turistas durante o carnaval.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.
Nos exemplos acima
notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar.
Cidade Maravilhosa:
Rio de Janeiro
Rei das Selvas: Leão
A Dama do Suspense: Agatha Christie
O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock
Rei das Selvas: Leão
A Dama do Suspense: Agatha Christie
O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock
Quando
usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia.
Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais.
Antonomásia, quando forem pessoas
Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais.
Antonomásia, quando forem pessoas
A catacrese é o
emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do
seu real sentido.
Sentou-se no braço da
poltrona para descansar.
A asa da xícara quebrou-se.
O pé da mesa estava quebrado.
Vou colocar um fio de azeite na sopa.
A asa da xícara quebrou-se.
O pé da mesa estava quebrado.
Vou colocar um fio de azeite na sopa.
Emprego de termos com
sentidos opostos.
Ela se preocupa tanto
com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
Aquele rapaz não é
legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.
Acho que não fui feliz nos exames.
O intuito dessas
orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado.
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve.
O mesmo ocorre com o exemplo 2 , “reprovado “ também foi substituído por uma expressão mais leve.
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve.
O mesmo ocorre com o exemplo 2 , “reprovado “ também foi substituído por uma expressão mais leve.
Que homem lindo!
(quando se trata, na verdade, de um homem feio.)
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor!
Que bolsa barata, custou só mil reais!
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor!
Que bolsa barata, custou só mil reais!
É o exagero na
afirmação.
Já lhe disse isso um
milhão de vezes.
Quando o filme começou, voei para casa.
Quando o filme começou, voei para casa.
Atribuição de qualidades
e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.
A formiga disse para
a cigarra: ” Cantou...agora dança!”
15) PARADOXO
Paradoxo é o oposto do que alguém pensa ser a verdade ou o contrário a uma opinião admitida como válida. Ex:
O riso é coisa séria, O melhor improviso é aquele que é melhor preparado etc. O
paradoxo relaciona-se com a antítese.
16) ALEGORIA
Simbologia. Muito
presentes na Bíblia Sagrada através dos ensinamentos de Cristo. Ex: semeador,
semente. Também presente nas fábulas e parábolas, provérbios etc.
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