Sobre este blog

Ser mestre é ser um semeador; não qualquer um deles, entretanto, aquele semeador que não escolhe o solo em que vai lançar sua semente e que não se queixa ou questiona se o solo é seco, árido ou fértil, porque o essencial é semear...



19 de mar. de 2014

Boa-noite, alunos do 2º ano do Ensino Médio (EJA)


Posto aqui para vocês o conteúdo a ser visto esta semana sobre literatura. Façam a gentileza de imprimir e trazer para a classe nas próximas aulas. Na impossibilidade, falem comigo. Obrigada.

GÊNEROS LITERÁRIOS


Há dois grandes gêneros em literatura: o lírico e o épico.


Lírico - Expressão de sentimentos individuais, geralmente o “eu” do autor (subjetivismo). 1ª pessoa do singular no tempo presente.
Épico- Expressão de sentimentos ou narrativas sobre a coletividade, um povo ou sociedade em especial. São epopeias e os fatos são geralmente narrados no passado.
Há também o gênero drama- Fala sobre os conflitos das relações humanas. Geralmente esse gênero pertence ao teatro. Ex: Auto da compadecida, O alienista etc.

Camões lírico

Fonte: http://www.citi.pt/ciberforma/ana_paulos/ficheiros/lusiadas.pdf

Amor é fogo que arde sem se ver

1  2   3   4  5     6    7   8    9   10
A/mor/ é/ fo/go/ que ar/de/ sem/ se/ ver/;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

                           Luís de Camões

Camões épico
Os Lusíadas
Versos decassílabos heróicos acento na 6ª e 10ª sílabas

Canto I
 1       2      3        4       5      6       7    8   9   10
As /ar/mas /e os /Ba/rões /as/si/na/la/dos
Que/ da O/ci/den/tal/ prai/a/ Lu/si/ta/na

Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Existem verbos decassílabos sáficos: Acentuação na 4ª, 8ª e 10ª sílabas


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